terça-feira, 8 de abril de 2014

Dissertação - Erro de pesquisa

                Depois de um erro grosseiro, retratação e contestação às críticas recebidas por causa da pesquisa, o Ipea corrigiu os dados de um estudo divulgado nas semana passada. Com 3.810 respostas, na verdade, a maioria discorda que “mulheres que usam roupas curtas merecem ser atacadas”. No entanto, vale lembrar que o Brasil é composto por 200 milhões de habitantes, e em muitos casos, um grupo tão seleto não representa a opinião da maioria. Além disso, há uma questão ética, moral e psicológica em relação a esse assunto. Diante do exposto, o estupro é fruto da provocação da vítima ou problema mental do autor?
                Convenhamos, há mulheres que saem pelas ruas “embaladas à vácuo”, com boa parte do corpo em exposição. E alguns homens, não se sabe por que motivos, podem tanto querer afirmar sua masculinidade, provar algo ou simplesmente não concatenar ideias. Aliem uma pessoa que provoca, e mais alguém sedento por satisfação, temos o crime do Artigo 213 do Código Penal, passível de seis a dez anos de reclusão, com agravantes. E com isso, entra uma questão moral: por quais razões uma mulher, que tem toda a sua elegância e beleza, não comporta-se mais ao sair pelas ruas, vestindo-se adequadamente?
                Não é um pensamento machista, mas apenas uma questão de conveniência. Cada ocasião requer uma vestimenta adequada. E também cada forma requer devida atenção, seja magra ou encorpada. Às vezes, aquela que se veste de uma maneira simples acaba sendo mais bela que aquela outra que está maquiada, com salto e vestido curto. É um tema que abre um leque de possibilidades e certa fuga, mas é preciso que isso seja levado em conta na hora de avaliar alguns casos. E se o problema é do homem, como em maior parte dos casos, a castração química seria uma excelente ideia. A física seria o ideal, mas “vai contra os direitos humanos”.
                É um tópico deveras polêmico, ganhando tamanha repercussão após os dados da pesquisa. Famosos aderiram à campanha, muitos se contradizendo – cantoras de funk, gênero que mais degrada a mulher, nuas e com cartazes de “não mereço ser estuprada”. Por isso, cabe a cada um formular sua opinião, levando em conta os valores éticos, morais, sociais e psicológicos. Não que as mulheres devam andar de burca pelas ruas, mas tomar cuidado com outros seres que não têm condições de conter a sua libido. E deve-se ter cautela com pesquisas. Elas não representam uma opinião formada, e podem ter falhas.

REDAÇÃO NÃO AVALIADA

2 comentários:

  1. Obrigada por postar, ficou muito bom... Realmente, devemos analisar tanto a questão dos homens, quanto a questão das mulheres.

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    1. De nada! A da UFSC vai sair agora, e num estilo diferente.

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