Tivemos
uma eleição conturbada. De um lado, o “coração valente”, e de outro, “92% de
aprovação em Minas Gerais”. A menor margem da história em um segundo turno, desde
a primeira eleição direita após o Regime Militar, em 1989. Pelos próximos
quatro anos, teremos Dilma Rousseff como condutora do Brasil. Durante as
campanhas, tivemos alguns incidentes, como o acidente de Eduardo Campos no dia
13 de agosto, às 13 horas, a candidatura de Marina Silva, os embates
ideológicos entre Levy Fidelix, Luciana Genro e Eduardo Jorge, e inúmeros
resultados errôneos em pesquisas, realizadas por instituições que possuíam
certa credibilidade.
Amizades
foram desfeitas, confrontos pessoais foram travados e a discórdia foi plantada.
Ao passo que religião e futebol são polêmicos, a política é mais uma
responsável por esta pancadaria verbal e ideológica, culminando nos turnos de
eleição. Havia um sentimento de mudança, de “mostrar o papel dos protestos”,
colocar um ponto final nos escândalos de corrupção. Creem que foi tudo em vão.
Aécio Neves chegou ao segundo turno, mas acabou derrotado. Só nos resta aceitar
a situação e seguir de cabeça erguida. Pode ser um tanto repetitivo, mas é
necessário. Votei naquele que não apresentava discursos levianos e
melancólicos.
Não devemos ter vergonha de morar
por aqui. Não se pode xingar os moradores de determinada região por elegerem um
candidato por unanimidade. Escolheram aquele que melhor representava-os, assim
como o Sul escolheu aquele que estava a par das ideias e condições dos
eleitores residentes naqueles estados. A urna eletrônica é onde todos convergem
para a mesma situação, independente de condição financeira ou de pensamento.
Estamos falando do futuro, esqueça o passado; ele sempre estará com nós, e
nunca morrerá. E, acima de tudo, devemos amar e respeitar nossa pátria. Eu amo
o Brasil.