segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Dissertação - Suficientemente

                Como julgar que algo ou alguém não é suficiente? Talvez por não atender a requisitos, se encaixar em determinada circunstância ou simplesmente não ser “o certo”. E se a pessoa não mede esforços, sempre está de prontidão, conhece bem o outro (até demais, em alguns casos), acata os pedidos (também em demasiada intensidade, de vez em quando), mas pode sempre suprir quaisquer necessidades e compartilhar momentos, tornando a convivência feliz, agradável e fluente? Quem sabe. No entanto, mesmo com todas as características apresentadas, o indivíduo citado “não é suficiente”. Diante do exposto, o que seria “ser suficiente”?
                A inexistência de tal definição, de modo concreto, é próxima de certeza incontestável. Não há qualquer ser habilitado para elucidar o questionamento. É tão variável quanto o conceito de verdade, que depende de determinada época, e do pensamento de cada um. O que é verdade e seu conceito, por exemplo, pode não ser o mesmo para Bill Gates e Carlos Slim. Apenas há um fato em comum, de que eles possuem dinheiro pra cacete. Logo, a suficiência segue o mesmo raciocínio. E desta forma, o conceito de “ser suficiente” toma outro seguimento, saindo da condição de invisibilidade concreta para possíveis explicações, de modo oscilante.
                Um viés de “ser suficiente” a ser examinado é ligado ao amor. Quantas vezes ocorreram casos de infidelidade em casais que tinham tudo para dar certo? E os relacionamentos desmanchados por brigas fúteis? A insuficiência gerou isso? Não. Apenas dois fatores: insatisfação e intransigência. “Mas isso torna as pessoas insuficientes”. Na verdade, há uma pseudo suficiência nestes casos. É como foi dito, “tinham tudo para dar certo”, mas um fator, não captado logo no começo da relação, põe tudo a perder. E o amor, onde entra nessa jogada? Na alvorada da confiança entre os dois seres, causando cegueira e pseudo suficiência.
                O presente texto analisou aspectos presentes no cotidiano, com uma abordagem diferenciada das produções anteriores, bem como seu tema. A solução para os problemas apresentados seria simples, como o melhor conhecimento entre as pessoas para não ocorrer decepções no futuro. Não obstante, existem casos e casos, reiterando o mais simples dos conselhos: cabe a cada um escolher e conhecer o que é melhor para si e outrem. Desta forma, as relações afetivas entre indivíduos podem melhorar, e alguns preconceitos podem ser quebrados. E nem sempre aquele que “tem tudo” é sempre o suficiente...

REDAÇÃO NÃO AVALIADA