Como
julgar que algo ou alguém não é suficiente? Talvez por não atender a
requisitos, se encaixar em determinada circunstância ou simplesmente não ser “o
certo”. E se a pessoa não mede esforços, sempre está de prontidão, conhece bem
o outro (até demais, em alguns casos), acata os pedidos (também em demasiada
intensidade, de vez em quando), mas pode sempre suprir quaisquer necessidades e
compartilhar momentos, tornando a convivência feliz, agradável e fluente? Quem
sabe. No entanto, mesmo com todas as características apresentadas, o indivíduo
citado “não é suficiente”. Diante do exposto, o que seria “ser suficiente”?
A
inexistência de tal definição, de modo concreto, é próxima de certeza
incontestável. Não há qualquer ser habilitado para elucidar o questionamento. É
tão variável quanto o conceito de verdade, que depende de determinada época, e
do pensamento de cada um. O que é verdade e seu conceito, por exemplo, pode não
ser o mesmo para Bill Gates e Carlos Slim. Apenas há um fato em comum, de que
eles possuem dinheiro pra cacete. Logo, a suficiência segue o mesmo raciocínio.
E desta forma, o conceito de “ser suficiente” toma outro seguimento, saindo da
condição de invisibilidade concreta para possíveis explicações, de modo
oscilante.
Um viés
de “ser suficiente” a ser examinado é ligado ao amor. Quantas vezes ocorreram
casos de infidelidade em casais que tinham tudo para dar certo? E os relacionamentos
desmanchados por brigas fúteis? A insuficiência gerou isso? Não. Apenas dois
fatores: insatisfação e intransigência. “Mas isso torna as pessoas
insuficientes”. Na verdade, há uma pseudo suficiência nestes casos. É como foi
dito, “tinham tudo para dar certo”, mas um fator, não captado logo no começo da
relação, põe tudo a perder. E o amor, onde entra nessa jogada? Na alvorada da
confiança entre os dois seres, causando cegueira e pseudo suficiência.
O
presente texto analisou aspectos presentes no cotidiano, com uma abordagem
diferenciada das produções anteriores, bem como seu tema. A solução para os
problemas apresentados seria simples, como o melhor conhecimento entre as
pessoas para não ocorrer decepções no futuro. Não obstante, existem casos e
casos, reiterando o mais simples dos conselhos: cabe a cada um escolher e
conhecer o que é melhor para si e outrem. Desta forma, as relações afetivas
entre indivíduos podem melhorar, e alguns preconceitos podem ser quebrados. E
nem sempre aquele que “tem tudo” é sempre o suficiente...
REDAÇÃO NÃO AVALIADA