sábado, 8 de fevereiro de 2014

Dissertação - Juventude perdida

                Na era das facilidades em termos de comunicação, do “ficar sem tempo” para tudo o que aparece ao nosso redor, das maravilhas presentes na vida de cada um, acabamos nos perdendo no meio de tudo isso. Onde deveria existir compreensão e troca de informações, brigas e cacetadas por todo canto. Festas tornaram-se sinônimo de “ostentação” e dominância do mais forte. Amizades não são como antes. O errado passou a ser certo, e muitas vezes aplaudido. Afinal, pode-se dizer que a juventude está perdida?
                É óbvio. Redes sociais servem para denegrir a imagem um do outro, mostrar-se o quão bom aquela pessoa é ou pode ser. Provavelmente você já escutou ou leu algo do tipo, mas as pessoas mudam atrás de um teclado. É muito fácil parecer sentimental o bastante para conquistar o coração de alguém, ou brutal para colocar quem não gosta no fundo do poço. Além disso, os amigos não costumam sair para ver uns aos outros; fazem grupos no WhatsApp, e lá se encontram sempre, desde que cada um tenha acesso à rede wireless.
                As amizades também se deterioraram nessa época. “Hoje, ser lixoso faz sucesso, é moda ser lixoso, o lixo está em evidência”, afirmou o vlogger Cauê Moura, em um de seus conhecidos vídeos-crítica. O indivíduo pode ser o mais errado possível, tratar as pessoas como seres descartáveis, não dar o valor adequado àquilo que tem, e ver mulheres como objeto de satisfação temporária. Ele acaba se traindo, mas por mais ignorante que seja a atitude, os amigos vão aplaudir, vão achar “massa”, “isso aí é da hora, feio”.
                Em suma, a juventude encontra-se parcialmente perdida. Sim, porque por mais erradas que sejam algumas das atitudes citadas, há exceções. Sempre tem aquele da turma que não é o “massa”, que sempre foi na dele. Ele pode ter passado por renúncias na vida dele, enfrentado situações difíceis. E no final, ele vai chegar bem. Acaba se tornando uma pessoa íntegra, de caráter inigualável e conhecimento. E as redes sociais precisam ser deixadas de lado um pouco, afinal, sempre existirão. “Há tanta vida lá fora, aqui dentro, sempre”.

REDAÇÃO NÃO AVALIADA

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