terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Dissertação - Estudocracia

                Quanto maior o nível de formação, melhor será o salário, o estado de espírito e o sucesso de um indivíduo. Nem sempre. Bill Gates largou os estudos em Harvard, fundou a Microsoft com Steve Ballmer, e hoje é o segundo homem mais rico do mundo. Já Eike Batista é formado na Universidade Técnica de Aachen, na Alemanha. Fundou uma empresa aqui, capitalizou outra ali, e tornou-se o homem mais rico do Brasil. Muitas vezes, pode-se ficar desanimado ao ver que o estudo nem sempre é fundamental. Mas há alguma relação com uma carreira profissional bem sucedida?
                Depreende-se que sim. Em concursos públicos, por exemplo, técnicos administrativos, correspondentes ao nível médio, oferecem remunerações que, em alguns casos, equivalem a metade do salário de um analista, com curso superior. É o caso da Defensoria Pública do Estado, cujo certame apresentou, em seu edital, vencimentos de R$ 2400 e R$ 4200, respectivamente aos níveis médio e superior. Mas não é o sucesso financeiro que conta apenas. Há muito mais, como a capacidade de resolução de problemas, utilizando os conhecimentos, ou a tradução de um texto, se o indivíduo previamente terminou um cursinho de línguas.
                No entanto, pessoas desprezam o ensino.  Ou que dizem “tirar nota sete já está bom, mais que isso é frescura”. Não conseguem entender o fato de que estudar algo pode ser vantajoso no futuro. Geralmente, são aqueles que veem Mark Zuckerberg, que largou os estudos – e criou o Facebook – e pensam que “ah, se ele largou e tem sucesso hoje, é porque não vale a pena, e eu também posso ser assim”. São seres como este que várias empreiteiras gostam e contratam como pedreiros. Ou qualquer outro cargo subalterno. Ou então nem são contratados.
                O que precisa ser encarado é que o estudo é um mal necessário. E que o sucesso não depende de sorte, mas de oportunidades, e preparação. Durante o período estudantil, tanto na escola quanto na faculdade, todos sofrem mesmo que não aparentem, mas sofrem. Mas ao menos, têm na consciência de que, passando por dificuldade agora, no futuro, na carreira profissional, o sucesso é garantido. E o conhecimento jamais atrapalhou alguém, apenas somou. E isso é algo que ninguém irá lhe tirar. “Vá e vença, que por vencido, não o conheça”.

NOTA OBTIDA: 10/10
REDAÇÃO ORIGINALMENTE ESCRITA EM 27/03/2013

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