“Não é
que não confie em você, é que não confio em ninguém mesmo”. Rick Harrison, da
conhecida loja de penhores Gold and Silver, localizada em Las Vegas, afirmou
isto em um dos episódios da série de TV por assinatura “Trato Feito”. Confiar
em alguém sempre foi uma tarefa árdua na sociedade, afinal, muitas pessoas são
compostas por múltiplas faces, passando uma falsa sensação de segurança ao
contar ou mostrar algo. Se “segredo entre dois, só se matar um”, por qual razão
deposita-se tamanha confiança em outro indivíduo?
A
confiança atinge variados âmbitos, seja na vida conjugal, profissional ou
social. Facilmente somos enganados por alguém que passa uma ideia de “porto
seguro”, ou “confidente fiel”. Ela pode realmente ser assim, alguém que vale a
pena ter essa responsabilidade. Mas é muito raro. No fim das contas, sempre
alguém acaba “dando com a língua nos dentes” e revelando detalhes do amigo para
outra pessoa. Podem ser irrelevantes ou fatos graves, portanto, cabe o bom
senso.
O
problema é quando a confiança extrapola alguns limites em relacionamentos via
internet. Fotos íntimas são enviadas enquanto tudo está belo e tranquilo. Mas
quando acaba, vira motivo de chacota e difamação, causando distúrbios
psicológicos na pessoa que enviou as imagens. Nos Estados Unidos, uma jovem
tirou a própria vida após um caso semelhante ao descrito. Esses casos podem ser
basicamente descritos por inconsequência, imprudência e irresponsabilidade por
ambas as partes; tanto quem envia quanto quem divulga.
O bom
senso sempre deve predominar, assim como a avaliação crítica de cada situação.
Se há em quem confiar? Sem dúvida. Pais são eternos confidentes, assim como os
irmãos. E um terceiro? Talvez. Mas é difícil. O certo seria seguir o conselho
do vendedor de Las Vegas, mas é um tanto extremista. Toda situação tem a sua
peculiaridade e devida relevância, portanto, cabe a cada um saber o que é
melhor para si e para os outros, bem como medir as proporções que tais atitudes
podem tomar.
REDAÇÃO NÃO AVALIADA
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